Uma única operação de mergulho em Fernando de Noronha (PE), no domingo (22/12), capturou, no total, 140 peixes-leão, espécie considerada invasora e uma ameaça à biodiversidade marítima. Essa quantidade é recorde registrado no arquipélago.
A ação foi conduzida por mergulhadores do Centro de Mergulho Sea Paradise, parceiro do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Trata-se da última operação de monitoramento do ano.
Os trabalhos foram realizados em quatro pontos da ilha, sendo três no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e um na Área de Proteção Ambiental (APA). O tamanho dos peixes-leão encontrados pelos mergulhadores oscila entre 10 centímetros e 45 centímetros.
Espécie invasora
A espécie, nativa da região indo-pacífica, foi encontrada no Brasil pela primeira vez em 2014. Há quatro anos, o peixe-leão passou a ser avistado em Fernando de Noronha e, desde então, mais de 1 mil foram capturados.
O peixe-leão é conhecido por ser um predador voraz dos mares; por isso, é visto como uma ameaça à biodiversidade marinha da ilha. Ele chega a comer até 20 peixes em apenas 30 minutos e se reproduz rapidamente, colocando até 30 mil ovos de uma única vez.
De acordo com o coordenador do Projeto de Conservação Recifal (PCR), Pedro Pereira, os peixes-leão estão concentradores em áreas mais profundas de Noronha, mas apresentam tendência de migração para regiões rasas.
A administração da ilha avalia a liberação do consumo de peixes-leão como forma de controlar a proliferação da espécie.
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